Antes nós lutavamos para que eles sobrevivessem a cada combate, para que não se ferissem, não passassem fome, não se magoassem, para que os mandassem de volta para o doce lar que cuidadosamente preparávamos para que à sua chegada a dor das vivências infernais que uma guerra pode provocar fosse menor. Eles lutavam para voltar sãos e salvos para os braços de raparigas como nós, que ficavam viúvas aos 18, 19, 20 anos; lutavam para não ter de matar ninguém, para não verem os seus camaradas amputados, a gemer, a pedir socorro, a ver a sua vida em flashback até ao momento em que sucumbem e fecham os olhos para sempre.
Agora nós lutamos para que eles nos mandem mensagem diariamente, não se esqueçam dos «dias especiais», passem mais tempo connosco ao invés de quererem jogos de futebol, de computador, qualquer coisa de fútil que lhes ocupe o tempo. Eles lutam pela próxima rapariga que se sente no seu colo e que rapidamente lhe tire as calças, num jogo onde só interessa qual dos amiguinhos se veio mais rapidamente.
Regredimos. E o mínimo que podemos fazer é prestar homenagem.
Onde foi que ficou o amor?
Não podemos pensar nisso.. mudam-se os tempos mudam-se as vontades.
ResponderEliminarsim, mas não será a ideia mudar para melhor?
ResponderEliminar(momento Oceano Pacífico, vale a pena pensar nisto x)